quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Feliz aniversário, meu amor!



A percepção de passagem de tempo varia nas mais diversas visões e na minha em especial, tem sido contada como um conta-gotas!
Há um ano eu era feliz e só havia um universo lindo, mágico, colorido, pois vivia um conto de fadas, em pleno século XXI: UM PLEBEU CONTRARIANDO AS REGRAS, AMAVA E VIVIA UM AMOR, COM UMA PRINCESA!
Sendo assim, cria que viveria um "final feliz", mas foi um ledo engano meu pensar que ficaria velho ao seu lado...
Hoje, só me resta seguir caminhando, por entre caminhos árduos, pedregulhosos, ferindo meus pés e, se antes esse caminho era o mesmo mas mais fácil de suportar (enquanto eles sangravam, um sorriso lindo me fazia esquecer minha dor e eu vivia por você), hoje vou seguindo por vielas e becos, que muitas vezes sem saída, me fazem dar meia volta e retornar às minha dores e o tempo se encarrega de matar-me aos poucos! Quero ir embora daqui, recomeçar longe de você, num País frio, para congelar meu coração e minha alma, de língua diferente ou quiçá ser abduzido por seres extraterrestres e viver numa outra galáxia! Mas nada disso acontece e mais 365 dias se passam e, como num conta-gotas, preciso jogar fora este e repor, mas como fazê-lo, se morro aos poucos sem você?
Você nem imagina, mas eu amo demais sua essência, aquele ser iluminado, que construiu um castelo de cartas ao meu lado e, como num sonho bom, mas um sonho, tivemos que acordar para a realidade, o vento (não a brisa leve que esvoaçava seus cabelos, mas um furacão à la Katrina), levou e espalhou tudo, destruiu tudo e onde hoje havia um lindo arco-íris formado entre nuvens, após um belo dia frio e de chuva, onde um beijo seu aquecia a minha alma, hoje restam somente nuvens negras, que ameaçam uma tempestade devastadora e que irá certamente desintegrar todo o meu ser, desvanecendo minhas esperanças, resquícios do pulsar de um coração que ainda bate por você e que todo o sangue que circula por entre minhas veias e artérias e me dão vida, não mais fluirão...
Vou te amar até o fim dos meu dias e nunca, ninguém vai preencher esse vazio que sua ausência deixou e que infelizmente preciso aceitar e conviver com sua falta, mesmo que signifique para mim, morrer aos poucos, como se à cada dia, eu tomasse uma gota de sicuta e ao final de tudo ele fizesse efeito.
O meu antídoto está se acabando e se ao raiar o dia tomo o antídoto, ao entardecer e no crepúsculo solar, escondo-me nas sombras e tomo minha gota diária de sicuta...
Se há um ano estávamos juntos e no dia seguinte pude te abraçar e te felicitar, hoje só posso pedir à Ele para protegê-la e ser contigo, te iluminando, guiando, abençoando...
Feliz Aniversário, ...
Ainda te amo...
Com carinho, Souza.