terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mapa de Sergipe

Web Cidades.com.br


SIMÃO DIAS
População 33.707 Homens 16.391 Mulheres 17.316
Área Total(km2) 561 Densidade pop. 60.08

Fonte: IBGE
SIMÃO DIAS - Cidade com uma população de aproximadamente 33.707 habitantes sendo, 16.391 do sexo masculino e 17.316 do sexo feminino. Faz parte do Estado de Sergipe, com cerca de 561 kilômetros quadrados de área. Possui uma densidade populacional de quase 60.08 habitantes por Km quadrado segundo o IBGE.

domingo, 7 de setembro de 2008

Curiosidades sobre Simão Dias


Por que a criação de gado foi a principal atividade no processo de colonização de Sergipe?

Felisbelo Freire, o primeiro historiador de Sergipe, ao analisar o processo de colonização de Sergipe já argumentava “O sergipano antes de ser agricultor foi pastor”, pois antes mesmo de Sergipe ser colonizado, fazendeiros baianos já aproveitavam as águas do Rio Real para matar a sede do gado e criar rebanhos nas imediações do mesmo. Com a ocupação do território, a capitania foi aproveitada para criação de gado, se valendo dos rios na região, fornecendo carne bovina e animais de carga para as capitanias vizinhas. Isso permitia que as capitanias da Bahia e Pernambuco, se dedicassem prioritariamente a produção canavieira.
O nome de muitas cidades sergipanas revelam a importância da pecuária na sua origem: Campos Novos do Rio Real (atual Tobias Barreto), Malhador, Curral das Pedras (atual Gararu), Campo do Brito, bem como, outras povoações que tem sua origem relacionada com a pecuária, a exemplo de; Simão Dias, Nossa Senhora da Glória, Porta da Folha, Aquidabã e Riachão do Dantas.

Que conseqüências a opção pela pecuária trouxe para a colonização de Sergipe?

As primeiras sesmarias a princípio foram dadas aos soldados de Cristóvão de Barros, mas também, havia distribuições de lotes de grande porte para famílias mais abastadas da capitania baiana. Logo, o latifúndio e a concentração de terras é resultado desse processo, o que tem resquícios até hoje. No entanto, vale ressaltar que a pecuária ao contrário da produção canavieira não exigia grande quantidade de mão-de-obra escrava, logo, grande parte do território sergipano teve uma ocupação mais democrática e menos hierarquizada.

Quem foi Belchior Dias Moréia?

Belchior Dias Moréia era um proprietário de terras proprietário da fazenda “Jabiberi”, no atual município de Tobias Barreto que organizou entradas no território sergipano a procura de metais e pedras preciosas. Tornou-se um dos personagens mais emblemáticos do período colonial, por ter afirmado teria encontrado ouro e prata na Serra de Itabaiana, em 1619. Como a Coroa Portuguesa ansiava por descoberta de metais preciosos em sua colônia, a notícia logo se espalhou e Belchior Dias ganhou notoriedade. Pressionado pelas autoridades portuguesas recusou dar a localização das minas o que o levou a prisão. Morreu em 1622 sem revelar o segredo. Após outras expedições portuguesas, as autoridades consideram o episódio uma farsa de Belchior Dias Moréia, visto que, não encontraram a ditas minas de prata e ouro.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Letras de Músicas(Renato Russo- Faroeste Caboclo)

Faroeste Caboclo
Não tinha medo o tal João de Santo Cristo 
Era o que todos diziam quando ele se perdeu 
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda 
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu 
Quando criança só pensava em ser bandido 
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu 
Era o terror da cercania onde morava 
E na escola até o professor com ele aprendeu 
Ia pra igreja só pra roubar o dinheiro 
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar 
Sentia mesmo que era mesmo diferente 
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar 
Ele queria sair para ver o mar 
E as coisas que ele via na televisão 
Juntou dinheiro para poder viajar 
E de escolha própria escolheu a solidão 
Comia todas as menininhas da cidade 
De tanto brincar de médico aos doze era professor 
Aos quinze foi mandado pro reformatório 
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror 
Não entendia como a vida funcionava
Descriminação por causa da sua classe e sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem foi direto a Salvador
E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem
Ia perder a viagem, mas João foi lhe salvar:
Dizia ele - Estou indo pra Brasília
Nesse país lugar melhor não há
Tô precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar 
O João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária viu as luzes de natal
- Meu Deus, mas que cidade linda! 
No Ano Novo eu começo a trabalhar
Cortar madeira aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga
Na sexta feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô
Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar
E Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que seu ministro ia ajudar
Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que como Pablo ele iria se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado a plantação foi começar
Logo, logo os maluco da cidade
Souberam da novidade
- Tem bagulho bom ai! 
E o João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali
Fez amigos, freqüentava a Asa Norte
Ia pra festa de Rock pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinhos da cidade
Começou a roubar
Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
- Vocês vão ver, eu vou pegar vocês! 
Agora Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal 
Não tinha nenhum medo de polícia 
Capitão ou traficante, playboy ou general 
Foi quando conheceu uma menina 
E de todos os seus pecados ele se arrependeu 
Maria Lúcia era uma menina linda 
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu 
Ele dizia que queria se casar 
E carpinteiro ele voltou a ser 
- Maria Lúcia pra sempre vou te amar 
E um filho com você eu quero ter 
O tempo passa 
E um dia vem na porta um senhor de alta classe com
dinheiro na mão 
E ele faz uma proposta indecorosa 
E diz que espera uma resposta, uma resposta de João 
- Não boto bomba em banca de jornal 
Nem em colégio de criança 
Isso eu não faço não 
E não protejo general de dez estrelas 
Que fica atrás da mesa com o cu na mão 
E é melhor o senhor sair da minha casa 
Nunca brinque com um peixes de ascendente escorpião 
Mas antes de sair, com ódio no olhar 
O velho disse: 
- Você perdeu a sua vida, meu irmão! 
- Você perdeu a sua vida, meu irmão!
- Você perdeu a sua vida, meu irmão!
Essas palavras vão entrar no coração 
- Eu vou sofrer as conseqüências como um cão. 
Não é que o Santo Cristo estava certo 
Seu futuro era incerto 
E ele não foi trabalhar 
Se embebedou e no meio da bebedeira 
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar 
Falou com Pablo que queria um parceiro 
Que também tinha dinheiro e queria se armar 
Pablo trazia o contrabando da Bolívia 
E Santo Cristo revendia em Taguatinga 
 
Mas acontece que um tal de Jeremias 
Traficante de renome apareceu por lá 
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo 
E decidiu que com João ele ia acabar. 
Mas Pablo trouxe uma Winchester 22 
E Santo Cristo já sabia atirar 
E decidiu usar a arma só depois 
Que Jeremias começasse a brigar 
Jeremias maconheiro sem vergonha 
Organizou a Roconha e fez todo mundo dançar 
Desvirginava mocinhas inocentes 
E dizia que era crente mas não sabia rezar 
E Santo Cristo há muito não ia pra casa 
E a saudade começou a apertar 
- Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia 
Já está em tempo de a gente se casar 
Chegando em casa então ele chorou 
E pro inferno ele foi pela segunda vez 
Com Maria Lúcia Jeremias se casou 
E um filho nela ele fez 
Santo Cristo era só ódio por dentro 
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou 
- Amanhã, as duas horas na Ceilândia 
Em frente ao lote catorze é pra lá que eu vou 
E você pode escolher as suas armas 
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor 
E mato também Maria Lúcia 
Aquela menina falsa pra que jurei o meu amor 
E Santo Cristo não sabia o que fazer 
Quando viu o repórter da televisão 
Que deu notícia do duelo na TV 
Dizendo a hora o local e a razão 
No sábado, então as duas horas 
Todo o povo sem demora 
Foi lá só pra assistir 
Um homem que atirava pelas costas 
E acertou o Santo Cristo 
E começou a sorrir 
Sentindo o sangue na garganta 
João olhou pras bandeirinhas
E o povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro
E pras câmeras e a gente da TV filmava tudo ali
E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
- Se a via-crúcis virou circo, estou aqui. 
E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester 22
A arma que seu primo Pablo lhe deu
 
- Jeremias, eu sou homem. Coisa que você não é
E não atiro pelas costas, não. 
Olha pra cá filha da puta sem vergonha
Dá uma olhada no meu sangue
E vem sentir o teu perdão
E Santo Cristo com a Winchester 22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor...
O povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade não acreditou na história
 
Que eles viram da TV 
E João não conseguiu o que queria 
Quando veio pra Brasília com o diabo ter 
Ele queria era falar com o presidente 
Pra ajudar toda essa gente que só faz 
Sofrer






segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Curiosades sobre Simão Dias


A Homenagem ao primeiro povoador

No dia 07 de junho de 2003, foi fixada no trevo que dá acesso aos municípios de Poço Verde e Lagarto, a margem da Rodovia Lourival Baptista, uma estátua em homenagem ao vaqueiro Simão Dias, vaqueiro esse que deu nome a essa Terra.
A estátua foi uma doação da Indústria e Comercio de Cal e Tintas – Votorantin, atendendo a solicitação do idealizador do projeto, Alexandre do Nascimento Barreto Júnior (Chefe do Departamento de Turismo da Secretaria Municipal de Educação).
A referida obra foi produzida por Jorge Alves Siqueira (‘Zeus’), talentoso artista plástico, que humildemente fez nascer à escultura mediante as características históricas, que se aproximassem da figura do vaqueiro Simão Dias, pesquisadas por Alexandre do Nascimento Barreto Júnior, Denisson Déda de Aquino, Marcelo Domingos de Souza e Geraldo Henrique dos Santos Prata. É preciso mencionar que esse projeto iniciou em 1996, sofreu algumas intempéries no decorrer do tempo e só em 2003 foi concretizado.
A execução do projeto idealizado
Da esquerda para direita: Denisson Déda de Aquino, Alexandre do Nascimento Barreto Júnior, Geraldo Henrique dos Santos Prata e Marcelo Domingos de Souza visitando o local de trabalho de “Zeus”, para observando e discutindo sobre os detalhes e características que deveria ser incluídos na escultura.
Alexandre do Nascimento Barreto Júnior observando o seu projeto tomando corpo acompanhado por Geraldo Henrique dos Santos Prata (a esquerda), Denisson Déda de Aquino (a direita) e o escultor “Zeus” (abaixado). Areia Branca-SE, 06-03-2002.
Da esquerda para direita: Jorge Alves Siqueira (“Zeus”), Alexandre do Nascimento Barreto Júnior, Marcelo Domingos de Souza e Geraldo Henrique dos Santos Prata satisfeitos com o aspecto inicial da estátua. Areia Branca-SE, 06-03-2002.

Ex- Prefeitos de Simão Dias


Ex-prefeitos
Marcos Ferreira de Jesus
Cel. João Pinto de Mendonça
Manoel Fraga Dantas
1935-1937
1937-1941
1942-1946
e 1941-1942
e 1946-1947
Cel. Cícero Ferreira Guerra
Francino Silveira Déda
Sebastião Celso de Carvalho
1946
1947
1947-1951
Nelson Pinto de Mendonça
Cândido Dortas de Mendonça
Pedro Almeida Valadares
1951-1954
1954-1959
1959-1963
e 1963-1967
Antonio Carlos Valadares
Demeval Martins Guerra
José Neves da Costa
1967-1970
1970-1971
1971-1973
José Matos Valadares
Abel Jacó dos Santos
Manoel Ferreira Matos
1973-1977
1977-1983
1983-1988
e 1992-1996
Josefa Matos Valadares
Luiz Albérico Nunes da Conceição
1988-1992
1996-2000
José Matos Valadares voltou a exercer o cargo de prefeito municipal em 01 de janeiro de 2001.
Atualmente apresenta uma grande aprovação do eleitorado, índices acima de 85% de aceitação pública, o que demonstra uma forte possibilidade de retorno ao cargo após 2004. Isto é, caso o mesmo deseje e o povo confirme nas urnas a sua aprovação.

sábado, 30 de agosto de 2008

História de Simão Dias


1. As origens do município
O local onde está edificada a cidade de Sim? Dias foi, no passado, uma povoação de índios fugitivos das expedições colonizadoras do Governador do Norte, Luis de Brito e Almeida. Esses índios se estabeleceram nas matas da margens do Rio Caiçá.
As terras do município constituem um relevo acidentado devido à presença de um conjunto de serras, com altitudes que oscilam entre 200 a 750 metros. Isso favorece a existência de uma vegetação menos vulnerável a estiagens típicas do sertão. As zonas de terras entre Simão Dias e Paripiranga, município da Bahia, são formadas por terrenos acidentados, onde é possível verificar a existência de matas fechadas, devido à impossibilidade de cultivo de cereais e pastagens. Nessa mesma zona, existem inúmeros sítios onde se cultivam árvores frutíferas e culturas de subsistência.
Esse relevo proporcionou aos índios que primeiro povoaram essa região um verdadeiro oásis, frente ao sertão. Daí a origem das diversas denominações que constam em documentos históricos, como: “Matas de Simão Dias”, “Matas do Coité” ou “Matas do Caiçá”. Com a invasão holandesa em Sergipe, surge a determinação de conduzir os rebanhos até as margens do Rio Real. No entanto Braz Rabelo, proprietário baiano, que possuía rebanhos nas terras da atual Itabaiana, decide esconder seus rebanhos nas terras das matas à beira do Rio Caiçá. Desse episódio é que surgirá a figura histórica do vaqueiro Simão Dias, responsável pela condução do gado e pelo surgimento das primeiras instalações que daria origem à cidade Simão Dias passou da categoria de Vila para a de Cidade, em 12 de Junho de 1890, por decreto do presidente do Estado Felisbelo Freire, sob o argumento que a mesma possuía uma grande população — 10.984 pessoas, um comércio próspero, uma estrada de ferro que ligava a referida Vila a Aracaju, bem como, a existência de uma comarca recém criada. Com base nesses argumentos a Vila foi emancipada do município de Lagarto. A estrada de ferro, que serviu como uns dos argumentos para a emancipação política da antiga Vila, jamais foi concluída, restando hoje, algumas escavações e bases de pontes por onde passaria as linhas férreas, que permanecem abandonadas em fazendas da região.
O nome do município é uma homenagem ao colono que remonta aos primeiros tempos da ocupação do território sergipano. Trata-se de Simão Dias Francês, que nos anos de 1599, 1602 e 1607, juntamente com Cristóvão Dias e Agostinho da Costa, através de requerimento, solicitaram a concessão de sesmarias na região. O último requerimento, do qual o códice está no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, solicita “três léguas de terra em quadro” nas terras devolutas de Itabaiana,, para a criação de gado. Felisbelo Freire que além de presidente do estado foi também historiador afirma:

“Os terrenos onde está edificada hoje (1891) a Vila de Simão Dias foram doadas a Simão Dias Fontes, Cristóvão Dias e Agostinho da Costa”.(FREIRE: 1997, p..322).

No entanto a tese sustentada pelo historiador Felisbelo Freire foi alvo de contestação pelo Pe. João de Matos Carvalho, que tinha a intenção de homenagear o Comendador Sebastião da Fonseca Andrade (Barão de Santa Rosa) pela construção do templo da atual matriz de Santana. O Pe. João de Matos se aproveitou das contradições encontradas nas várias teses sobre a origem da povoação, pois os documentos históricos que falavam de Simão Dias, em cartas de doação de sesmarias, possuem sobrenomes diversificados, além de solicitarem sesmarias em períodos diferentes. Diante disso, para o Padre João de Matos Carvalho, havia a possibilidade de existir dois personagens históricos com o mesmo nome. Na intenção de provocar controvérsias e enfraquecer a tese de Felisbelo Freire, ele publicou uma obra intitulada “Matas de Simão Dias”, na qual defende veemente a tese de que a cidade teria se originado graças à doação de sua ancestral Ana Francisca Menezes. O objetivo era levantar a dúvida sobre a versão histórica, bem como, menosprezar a figura do vaqueiro e enaltecer a figura da sua ancestral, doadora das terras onde foi edificada a primeira capela que originou a freguesia de Santana de Simão Dias.
Antes de ter “status” de vila, o atual município foi constituído como Freguesia, pela Lei de 6 de fevereiro de 1835, desmembrando-se da Freguesia de Lagarto. A capela que motivou a sua criação data de 1655, conforme defende historiadores. No entanto o único documento antigo sobre o assunto é de 1784. Devido ao progresso da Freguesia o governo da Província baixou em 15 de março de 1850, o decreto que elevou à categoria de vila com o nome de Senhora Sant’Ana de Simão Dias.
Assim, o município de Simão Dias, teve essa denominação desde a condição de freguesia e vila. Mas o nome que homenageava o seu primeiro povoador permaneceu pouco tempo, pois o intento do Pe. João de Matos Freire de Carvalho foi alcançado, e em 25 de outubro de 1912, a cidade passaria a ser denominada como Anápolis, pelo Decreto Lei de n° 621. Após muitas controvérsias e reações, principalmente da imprensa, o nome de Simão Dias foi restabelecido pelo Decreto Lei n° 533, de 7 de dezembro de 1944, favorecido pela determinação do Governo Federal, do então Getúlio Vargas, que aprovou o plano do IBGE, coibindo a coincidência de municípios com mesma denominação. Como existia um município goiano com o mesmo nome, e mais antigo, a Anápolis sergipana teve que modificar o nome.
Quanto à política, o município simãodiense teve uma longa fase de domínio oligárquico, aonde o poder local era exclusivo aos grandes proprietários rurais. A práticas coronelistas estiveram presentes nessa fase, sendo possível verificar resquícios do coronelismo até os dias de hoje. No entanto a partir da década de 1930, é que começa a decadência dos grandes proprietários na política local, devido às mudanças ocorridas em decorrência da revolução, bem como, o fenômeno populista desenvolvido a partir da década de 40.Texto publicado no site da Prefeitura Municipal de Simão DiasPor Marcelo Domingos de Souza Licenciado em História - Universidade Federal de Sergipe