domingo, 7 de fevereiro de 2016

A DÚVIDA QUE ME RESTA

Porque mesmo em meio à multidão.
O vazio ainda me preenche?
Porque há misto de sentimentos, há confusão
E por mais que explique, ninguém entende?

Eu já devia tê-la esquecido
Pois há muito me deixou
Sei que esse sofrimento é merecido
De uma fantasia criei e vi amor...

As dúvidas vem à mente, em turbilhão
E busco entender como pode haver
Mentiras em tudo que me dizias
Chego a me questionar se foi tudo em vão...

É tão difícil acordar sem você
Saber que estás bem próxima à mim
E tudo que eu tenho que fazer
É manter-me afastado, enfim.

Dói tanto que chega a machucar
E as lágrimas caem, mesmo que eu não queira
Todo o meu erro é sempre lembrar
Do momento que nos encontramos, a lembrança primeira.

Então o que me contenta
É a música e a poesia
Pois a alma só lamenta
Ter perdido sua metade, noite e dia.

Estaria tudo maravilhosamente bem
Se mesmo que por um segundo
Num devaneio que não desejo à ninguém
Ver aquela à quem daria o mundo!

Ainda não consigo acreditar
Que aquele sorriso foi forçado
Que eu me deixei levar
E que meu mundo cabia num abraço...

Por mais que eu tente e lute
Contra esse sentimento todos os dias
E que senti-lo minha mente se recuse
Se ainda me quisesse, o mundo enfrentaria!

Pobre e louco sonhador
Queixas-te por um sentimento
Que somente se eternizou
Por conta de pequenos momentos...
Mas que sinto, ainda não acabou!


Com carinho, Souza.