sábado, 17 de setembro de 2011

Relatório do seminário Fontes Históricas: Registros Paroquiais e Civis

Seminário: Fontes Históricas: registros paroquiais e civis
Disciplina: Temas de História de Sergipe I
Professor: Antônio Lindvaldo Sousa                       
Local: UFS, Didática III, Sala 110
Data: 15/09/2011, das 19:20h às 20:30h
Recursos usados: data show, notebook, caixas de som, quadro, giz apresentação oral.
Integrantes: Bruna Mota
Denilza Viana
Irineu Teixeira
Nathália Andrade
Tamires Ferreira
Objetivos: Conhecer os documentos de registros paroquiais e civis
Entender sua evolução histórica
Notar a importância para o estudo da região da qual é oruinda.
Recursos utilizados: Data-show, quadro negro e giz, apostila, folder e apresentação oral.
Temática Central: a história registrada em documentos.

Prólogo da apresentação, iniciada por Bruna, que dá seguimento falando sobre documentos como fontes históricas, sendo esses documentos de ordem de registros paroquiais ou civis, como certidão de nascimento. Salientou que ambos possibilitam uma observância sobre os fatos da época que foram escritos.
Disse que o registro paroquial passou a ser obrigatório depois do Concílio de Trento e que no Brasil, foi usado pela primeira vez por um arcebispo baiano, em 1707.
Segundo a mesma o conteúdo do registro paroquial de nascimento seguia esses parâmetros:
·         Nome;
·         Filiação;
·         Naturalidade;
·         Cônjuges;
·         Condição social;
·         Padrinhos;
Já o registro de casamento era assim:
·         Local do casamento (Igreja);
·         Filiação dos nubentes;
·         Cônjuges;
·         Assinaturas do sacerdote.
O de óbito era mais simples:
·         Nome do falecido;
·         Causa-mortis;
·         Casado ou não;
·         Se tinha filhos;
·         Se deixava herança.

O registro civil passou a ser adotado em 1875, porém só ficou sendo obrigatório em 1888.
Somente no século XX é que surge a pesquisa de registros como fontes históricas, através de métodos quantitativos. Citou Louis Henry e Thomas Fleury como precussores desse método.

Relataram que o diário pessoal surgiu na “Pré-História”, não como o conhecemos hoje, mas como registros de pinturas, restos de fogueiras, etc.
Comentaram também o uso de diários pessoais como fonte histórica, sendo que o diário só passou a ser considerado como tal em 1980, como objeto de estudo.
Salientou que há no meio dos historiadores uma certa desconfiança quanto à fatos narrados nos diários, por diários mostrarem a visão de quem o escreve.
Como procederia então o historiador nesse caso? Roger Chartier foi citado para exemplificar os dados apresentados, onde o mesmo deixa bem claro que o historiador deve proceder com cuidado para que não haja o sentido de “dupla ilusão”: ilusão de que os escritos são fidedignos aos acontecimentos da época narrada, não se deixar emocionar com os fatos narrados. Já Pierre Bourdieu diz que o historiador deve buscar uma linha de pensamento diferenciada daquilo que lhe está sendo apresentado, pois o fascínio diante dessa versão pessoalizada pode confundi-lo, saindo da razão e indo à ilusão.
Países pioneiros no uso do diário como pesquisa de fonte histórica:
1.      Brasil;
2.      França;
3.      Espanha;
4.      Argentina.

Considerando que esse uso de diários como fonte histórica é uma invasão de privacidade, o colega Irineu sucintou o debate em sala de aula. Fez uma análise e rememorou fatos narrados no diário, seriam eles verdadeiros ou um forçamento de uma realidade imaginária?

O vídeo apresentado pela equipe foi muito bem feito, sendo que em alguns momentos apresentaram pequenas falhas, que se notaram no sorriso de alguns componentes do grupo, que é perdoável, considerando-se o nervosismo da equipe.
Particularmente, um dos melhores grupos que já explanaram suas considerações acerca dos temas por eles apresentados.

Referência bibliográfica:
 FAGGION, Maria Cândida Baptista. O Registro Civil. Belo Horizonte: Água Branca, 2000.

QUINTANILHA, Waldner Jorge. Registro Civil das Pessoas Naturais. Rio de Janeiro: Forense, 1981.